Até agora, a maioria dos psicólogos viam a raiva como uma forma de sinalizar o seu descontentamento quando outra pessoa lhe faz mal. Da mesma forma, a gratidão tem sido vista como um sinal de prazer quando alguém lhe faz um favor. Em ambos os casos, as emoções são vistas como reações a curto prazo para um benefício ou custo imediato.
Mas pode ser muito mais que isso. Segundo especialistas, a raiva tem muito a ver com a cooperação e com o conflito, e as emoções são usadas para coagir os outros a cooperar com você a longo prazo.
Alguns pesquisadores acham que a nossa raiva ou gratidão refletem o nosso julgamento do quanto uma pessoa é capaz de se sacrificar por nós – e se elas vão continuar a fazê-lo no futuro.
Por exemplo, você pode sentir-se irritado com um amigo que deu o bolo em um jantar para assistir a um programa de TV, mas não aquele que o fez para levar seu filho ao hospital. O dano a você é o mesmo nos dois casos, mas o comportamento do primeiro amigo indica sua pouca consideração pelos seus interesses, provocando a raiva, enquanto o segundo amigo não provoca esse sentimento.

Essa hipótese ainda não está bem desenvolvida, e a equipe de pesquisadores ainda tem de mostrar que essas reações emocionais realmente sintonizam o controle de cooperação do parceiro.
Segundo os investigadores, os homens mais fortes e as mulheres mais atraentes são mais propensos a raiva. Embora os homens mais fortes não tenham necessariamente qualquer razão para esperar um melhor tratamento na sociedade moderna, no passado teriam sido companheiros desejáveis, como mulheres atraentes ainda são hoje, e assim podem acreditar que precisam de mais cooperação.
Se essa cooperação afeta um melhor tratamento com a pessoa no futuro, não se pode afirmar. A pesquisa continua no campo da teoria, necessitando de mais provas concretas, já que é uma investigação bastante controversa. [NewScientist]
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