Em 1979, paleontólogos descobriram uma caveira humana enterrada no
sudoeste da China, mas com formato um pouco diferente do convencional: a
face era curta e chata, com ossos grossos, testa proeminente e ausência
de queixo. Durante 33 anos, este fóssil tem sido analisado. Agora,
cientistas australianos afirmam se tratar de uma variação primitiva do
Homo sapiens que ainda não havia sido documentada.

Os paleontólogos que conduziram as pesquisas são da universidade de
Nova Gales do Sul, em Sydney (Austrália). A teoria mais aceita por eles,
que é defendida também por pesquisadores chineses, afirma que este
crânio pertenceu ao descendente de uma linhagem evolutiva que se iniciou
na Ásia oriental, há cerca de 200 mil anos. Tal hominídeo teria sido,
assim como os Neandertais, uma versão que evoluiu paralelamente aos
seres humanos, até ser extinta.
A gruta onde este crânio foi encontrado é chamada de “Caverna do
Veado Vermelho”, local notório por intensa atividade de descobertas
arqueológicas. Lá já foram achados fósseis humanos de apenas 11 mil anos
atrás, quando o
Homo sapiens já estava, digamos, “consolidado”.
A genética pode ser uma ferramenta fundamental para novas
descobertas, mas até agora não foi possível retirar DNA destes fósseis
para analisá-lo. Este é o novo desafio dos cientistas australianos. [
New Scientist]
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